Falta de ferro em crianças pode levar a consequências graves

O ferro é um micronutriente essencial para o funcionamento do corpo e, consequentemente, para o desenvolvimento da criança. A falta dessa substância, chamada de ferropenia, é um problema que pode acontecer durante a infância, podendo causar cansaço, palidez e até atrasos no desenvolvimento físico e cognitivo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 40% das crianças menores de 5 anos sofrem com essa deficiência, precisando geralmente de mudanças na dieta, como a ingestão de carnes vermelhas, e, em alguns casos, suplementação.

Sintomas

A falta de ferro não apresenta sintomas específicos que permitam que o próprio indivíduo identifique o problema. Por isso, só um exame de sangue pode diagnosticar o paciente com ferropenia, caso haja tamanho reduzido das hemácias (VCM baixo), com ou sem anemia. No entanto, há alguns sinais que podem aparecer caso a criança esteja em quadro de deficiência de ferro.

O professor de Semiologia e Pediatria da Faculdade Tiradentes (Fits) — localizada em Goiana —, Prof. Dr. Fabiano Alexandria, pontua que o fator mais comum a ser analisado é a palidez. “A mãe vai olhar mais a questão da cor da pele, da mão, dos pés e, se ela achar que está preocupante, deve sempre perguntar ao seu pediatra de confiança, para analisar se esse é um possível sinal de carência de ferro”, explica.

A Sociedade Brasileira de Pediatria e a Academia Americana de Pediatria recomendam a coleta de hemograma a partir de 1 ano de vida. Caso o resultado esteja normal, não há necessidade de repeti-lo outras vezes. Isso só é necessário quando a criança apresenta fatores de risco ou suspeita clínica de anemia, como cansaço, falta de energia, palidez, irritabilidade, mãos e pés frios, falta de apetite ou infecções frequentes, devido ao sistema imunológico comprometido.

Tratamento 

Fabiano também é médico pediatra, com atuação em Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal, e destaca a importância da reposição ferrosa para os bebês a partir dos três meses de vida, quando há fatores de risco. Quando não há, apenas aos seis meses. “O ferro animal é o melhor para o ser humano. O ferro vegetal, apesar de também trazer benefícios, tem uma absorção um pouco menor. No leite materno, quase 80% do ferro é absorvido, enquanto que nas demais fontes, geralmente só 30% é absorvido”, diz. 

A dieta rica em ferro é muito importante, com o consumo de alimentos como carne vermelha, aves e peixes. Em muitos casos, quando há a anemia já instalada, faz-se necessário suplementação com ferro oral, geralmente por um período de 3 meses, como recomenda a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

FITS - Faculdade Tiradentes de Goiana

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