Uso excessivo de telas acende alerta para a saúde dos olhos

Celulares, computadores e tablets fazem parte da rotina de grande parte da população, seja para estudo, trabalho ou lazer. Com isso, o tempo prolongado diante das telas se intensificou nos últimos anos, levantando um alerta entre profissionais de saúde sobre os impactos desse hábito na saúde ocular, especialmente entre jovens e adultos.

No Brasil, as pessoas passam aproximadamente 16 horas do dia acordadas, mas um dado chama a atenção: mais da metade desse tempo é destinado ao uso de smartphones e computadores, segundo levantamento feito pela plataforma Electronics Hub, em 2023. A pesquisa – Digital 2023:Global Overview Report da DataReportal – considerou 45 nações e concluiu que o Brasil é o segundo país com mais pessoas em frente a uma tela. A preocupação aumenta com as crianças e adolescentes.

Consequências

De acordo com especialistas, o uso contínuo de dispositivos eletrônicos pode provocar a chamada fadiga ocular digital, condição caracterizada por sintomas como ardência, coceira, visão embaçada, sensação de peso nos olhos e dores de cabeça. Um dos fatores associados é a redução da frequência do piscar, que pode cair pela metade durante o uso de telas, comprometendo a lubrificação natural dos olhos.

Além do desconforto imediato, a exposição prolongada à luz azul emitida por smartphones e computadores também tem sido objeto de estudos. Pesquisas mostram que a luz azul penetra profundamente na retina, contribuindo para o estresse oxidativo e o envelhecimento precoce das células oculares. Esse processo pode acelerar quadros graves, como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), condição que é uma das principais causas de cegueira em pessoas acima de 50 anos. 

Além disso, esse tipo de luz pode interferir no ritmo circadiano, prejudicando a qualidade do sono, a saúde ocular e o desempenho cognitivo. Outro ponto de atenção é o aumento de queixas relacionadas à síndrome do olho seco, cada vez mais comum entre pessoas que passam muitas horas diante das telas em ambientes com ar-condicionado e pouca ventilação. 

Como proteger os olhos sem abrir mão da tecnologia? 

Como forma de prevenção, oftalmologistas recomendam pausas regulares durante o uso de dispositivos eletrônicos, como a regra 20-20-20: a cada 20 minutos, olhar para algo a 20 pés (cerca de seis metros) de distância por 20 segundos. Ajustar o brilho da tela, manter uma distância adequada dos olhos, ativar o modo noturno dos dispositivos, evitar o uso de telas próximo à hora de dormir e, claro, realizar avaliações oftalmológicas periódicas também são medidas importantes para preservar a saúde visual.

Diagnóstico e prevenção com um oftalmologista

Ao sentir desconforto visual constante, dores de cabeça ou alterações na qualidade da visão, é de extrema importância procurar ajuda especializada com oftalmologista, que poderá avaliar a saúde ocular de forma completa e recomendar o tratamento adequado.

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