Saúde da mulher engloba bem-estar físico, mental e emocional

O Ministério da Saúde define a saúde da mulher como a atenção ao bem estar físico, mental e emocional das mulheres. O funcionamento do corpo feminino tem peculiaridades em relação ao organismo do homem, o que gera doenças e distúrbios específicos. Esse cenário se agrava quando são analisados contextos socioeconômicos específicos, como mulheres negras, de baixa renda, indígenas, privadas de liberdade ou que vivem em áreas rurais.
Saúde ginecológica
Tabus relacionados à saúde íntima e sexual são fatores que dificultam que a saúde ginecológica feminina seja abordada com a relevância necessária. Segundo pesquisa encomendada pela Gino-Canesten, 45% das brasileiras entrevistadas ainda sentem desconforto em falar sobre saúde íntima. Além disso, outro estudo indicou que 11% das mulheres deixam de ir ao ginecologista por vergonha.
A saúde ginecológica e reprodutiva das mulheres exige atenção contínua, incluindo higiene íntima adequada, exames de rotina para prevenção de cânceres ginecológicos e uso de preservativos para evitar ISTs. Também é essencial o acompanhamento médico na escolha do método anticoncepcional, levando em conta fatores como eficácia, segurança e preferências pessoais. Em relação à gravidez, o acompanhamento profissional é indispensável desde o planejamento reprodutivo até o pré-natal, que permite detectar doenças maternas ou fetais e garantir um desenvolvimento saudável para o bebê.
Saúde mental
A saúde mental feminina também requer atenção especial devido às oscilações hormonais ao longo da vida, como no ciclo menstrual, gravidez e menopausa, e às pressões sociais enfrentadas. Isso torna as mulheres mais suscetíveis a transtornos como ansiedade, depressão e estresse pós-traumático, além de apresentarem maior risco de desenvolverem mais de um distúrbio mental simultaneamente.