Riscos de tomar muitos medicamentos

De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), o Brasil registra cerca de 20 mil mortes por ano devido à automedicação. Diante da facilidade de acesso a analgésicos, anti-inflamatórios e antialérgicos nas farmácias, cresce o uso excessivo de remédios, acendendo um alerta entre profissionais de saúde sobre os riscos desse comportamento. 

Tomar um analgésico para dor de cabeça, um anti-inflamatório para uma dor muscular ou um antialérgico para aliviar um desconforto imediato faz parte da rotina de grande parte dos brasileiros. Em um país onde o acesso ao atendimento médico ainda é limitado, recorrer a medicamentos de venda livre acaba sendo uma solução prática para lidar com dores e queixas pontuais no dia a dia.

Riscos

No entanto, segundo especialistas, o uso excessivo de medicamentos pode desencadear uma série de problemas, mascarar doenças graves e retardar o tratamento adequado, o que pode levar a complicações ainda maiores. O uso constante de remédios para dor de cabeça, por exemplo, pode criar o efeito rebote, que é quando o seu organismo se acostuma com as substâncias, deixando de fazer efeito e podendo ainda trazer desconfortos. Anti-inflamatórios comuns podem causar irritação gástrica, prejudicar os rins e elevar a pressão arterial quando utilizados de forma contínua. 

Outro ponto de atenção é a tendência de acumular diferentes medicamentos para tratar sintomas variados, muitas vezes sem perceber que algumas substâncias podem interagir entre si. Mesmo remédios considerados “leves” podem provocar efeitos adversos quando usados em excesso ou combinados inadequadamente.

Recomendação

Por isso, especialistas recomendam cautela e  alertam que o uso frequente ou em doses maiores do que o recomendado pode trazer riscos à saúde. O foco está na moderação e na atenção aos sinais persistentes. Dores ou desconfortos que se repetem com frequência, pioram com o tempo ou demoram a passar são indicadores de que é necessário procurar avaliação médica para identificar o problema e tratar as suas causas corretamente, mesmo diante das dificuldades de acesso ao sistema de saúde.

Além disso, pequenas mudanças de rotina podem ajudar a reduzir a dependência de medicamentos no dia a dia, como cuidar da hidratação, regular o sono, manter uma alimentação equilibrada e evitar longos períodos de estresse físico ou mental. E, quando o seu uso é realmente necessário, o acompanhamento médico garante segurança, doses adequadas e monitoramento de possíveis efeitos.

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