Risco de contrair leptospirose aumenta durante o período de enchentes

A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Leptospira, encontrada na urina e fezes de ratos e outros animais. O contágio acontece quando o humano entra em contato com esse material contaminado, o que é potencializado quando ocorrem enchentes. A incidência da leptospirose está relacionada a condições precárias de infraestrutura sanitária. A doença apresenta uma letalidade média de 9%.
Contágio
As leptospiras presentes na água penetram no corpo humano por meio da pele, principalmente se houver ferimentos. O período de incubação, ou seja, intervalo de tempo entre a transmissão da infecção até o início das manifestações dos sinais e sintomas, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco.
Sintomas
Os sintomas da Leptospirose se dividem entre a fase precoce e a fase tardia. Na precoce, os sintomas mais comuns são febre, falta de apetite, dor de cabeça, dores no corpo (principalmente na panturrilha), vômitos, diarréia e tosse. Em casos mais graves, pode ocorrer icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos), insuficiência renal e hemorragia, podendo levar à óbito.
Tratamento
Em casos leves, o tratamento é feito com o uso de antibióticos, orientado sempre por um médico, de acordo com os sintomas apresentados. Os mais graves precisam de internação hospitalar. A automedicação não é indicada, pois pode agravar a doença.
Prevenção
Para haver o controle da leptospirose, são necessárias medidas ligadas ao meio ambiente, tais como obras de saneamento básico, melhoria nas habitações humanas e o combate aos ratos. É importante evitar o contato com água ou lama de enchentes, e impedir que crianças e adolescentes nadem ou brinquem nessas águas. Caso seja necessário entrar em contato com a lama, entulhos ou esgoto, deve-se usar botas e luvas de borracha. Se não for possível, a utilização de sacolas duplas amarradas nas mãos e nos pés é indicada.