Epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns

A epilepsia é uma condição neurológica comum, que acomete aproximadamente uma a cada 100 pessoas. No Brasil, acomete cerca de 2% da população, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A doença é marcada pela ocorrência de crises epilépticas, que se repetem em intervalos diversos. Essas crises são causadas por uma descarga anormal de neurônios no cérebro.
Causas
As causas da epilepsia são variadas e estão relacionadas a fatores como idade, genética, traumas cerebrais, distúrbios autoimunes, problemas metabólicos e doenças autoimunes. Nas crianças, a anóxia neonatal (falta de oxigênio no cérebro durante o parto) e os erros inatos do metabolismo (alterações metabólicas que existem desde o nascimento) são as causas mais frequentes. Em idosos, a epilepsia costuma ser sequela de doenças cerebrovasculares e tumores cerebrais. Porém, em alguns casos, a causa da condição não é identificável.
Sintomas
Existem vários tipos de crises epilépticas, cada uma com características específicas Um dos tipos mais comuns é a tônico-clônica, conhecida como “convulsão”. Esse tipo de crise afeta os dois hemisférios cerebrais e é facilmente reconhecível, pois o paciente apresenta abalos musculares generalizados, sialorreia (salivação excessiva) e, muitas vezes, morde a língua e perde urina e fezes.
Mas há crises que afetam apenas um hemisfério e possuem manifestações mais sutis, como uma alteração discreta de comportamento, olhar parado e movimentos automáticos. Apesar de difíceis de identificar, as crises sutis também devem ser observadas com cautela juntamente à avaliação médica.
Tratamento
As crises epilépticas são tratadas com o uso de fármacos antiepilépticos. Cerca de dois terços dos pacientes têm suas crises controladas por meio do uso de medicamentos. Porém, o restante apresenta resistência a esse tratamento. Para esses pacientes, outras opções de tratamento podem ser consideradas, como o uso da dieta cetogênica e o tratamento cirúrgico.
A neuromodulação, caracterizada pela estimulação do cérebro ou de nervos periféricos, também pode ser uma opção terapêutica em pacientes com epilepsia de difícil controle. Recentemente, o canabidiol, um dos compostos da folha da maconha, passou a ser utilizado no tratamento da epilepsia. O seu uso tem trazido bons resultados. É importante ressaltar que o canabidiol não possui efeitos psicoativos, sendo seguro para adultos e crianças.
Texto com informações do Hospital Albert Einstein