Dor de cabeça, cefaleia ou enxaqueca: qual é a diferença?

As dores de cabeça são sintomas muito frequentes no dia a dia, e podem ter diversas causas. É comum escutar as palavras “enxaqueca” e até mesmo “cefaleia” associadas à dor de cabeça, mas, muitas vezes, esses termos não são usados de maneira adequada. Embora exista uma relação entre enxaqueca, cefaleia e dor de cabeça, muitas pessoas confundem os três termos, ou até mesmo acham que a enxaqueca não passa de uma dor de cabeça forte. Na verdade, ela é um quadro clínico sério, e é a sexta doença crônica mais incapacitante no Brasil.

Cefaleia e dor de cabeça

A palavra “cefaleia” nada mais é do que o termo técnico usado para se referir às dores de cabeça. Existem mais de 100 tipos diferentes, que podem ter diversas causas. As cefaleias são comumente divididas em primárias (quando não vêm associadas a nenhum outro sintoma) ou secundárias (surgem como resultado de alguma doença). Assim, a dor de cabeça pode ser ocasionada simplesmente pelo estresse, ou insônia, por exemplo; ou pode ser um sintoma de uma gripe, sinusite, ou algo mais grave, como meningite ou acidente vascular cerebral (AVC).

A dor, de maneira geral, serve como um sinal de alerta de que há algo de errado. No caso das cefaleias, a dor na cabeça é percebida devido a algum problema ou alteração nas estruturas da cabeça ou pescoço, como uma mudança no fluxo sanguíneo. Por isso, crises de pressão alta, ou até mesmo comer algo muito gelado, podem levar à sensação de dor de cabeça. Desse modo, toda dor de cabeça funciona como um alerta, que merece ser investigado, para evitar um problema maior.

Características da enxaqueca

Já a enxaqueca é apenas um dos tipos de cefaleia, e se diferencia da dor de cabeça tensional (a mais comum) por diversos motivos. O primeiro deles é o local e a intensidade: a dor de cabeça tensional é sentida dos dois lados da cabeça, e tem intensidade de fraca a moderada; na enxaqueca, o paciente sente uma dor pulsante de moderada a forte de apenas um lado. Outra característica fundamental da enxaqueca é a constância. Quem tem enxaqueca sente a dor por mais de 4 horas, em crises que se repetem com frequência.

A enxaqueca tem fatores genéticos e biológicos, e pode acometer qualquer pessoa, independente do sexo ou da idade, mas é mais comum em mulheres. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença acomete cerca de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo, sendo 85% dos pacientes do sexo feminino. As causas não são muito bem conhecidas, mas a doença é multifatorial, ou seja, as crises podem ocorrer por vários gatilhos. Jejum prolongado, estresse, insônia, consumo excessivo de açúcar, chocolate, café e bebidas alcoólicas, fumo, alterações hormonais e alguns perfumes são alguns dos fatores que podem desencadear uma crise de enxaqueca.

Sintomas, diagnóstico e tratamento

Além da dor de cabeça em si, a enxaqueca também pode trazer outros sintomas, como náusea, vômitos, irritabilidade e sensibilidade à luz, sons, ou odores. Também é comum que o paciente tenha alterações na visão, principalmente antes de uma crise, como visão embaçada ou pontos luminosos. O diagnóstico é feito por um médico neurologista, que deve ser procurado se os episódios de dor forem muito frequentes. O uso de analgésicos comuns, principalmente no início da crise, pode ajudar. Caso não surta efeito, podem ser usados medicamentos mais fortes. Também é importante evitar os gatilhos, para impedir que as crises venham a acontecer.

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