Doença de Crohn pode trazer complicações sérias para a saúde do intestino

Segundo um estudo publicado na revista científica The Lancet, a incidência da Doença de Crohn aumenta cerca de 12% ao ano no Brasil. Embora não se saiba ao certo a causa dessa doença, acredita-se que fatores genéticos, ambientais, dietéticos e imunológicos influenciam o aparecimento da enfermidade. Essa é uma das principais doenças inflamatórias intestinais (DIIs) e traz sintomas relacionados ao trato digestivo e à absorção de nutrientes, o que pode causar consequências sérias. Embora não exista cura, o tratamento pode ajudar.
Sintomas
A maior incidência da Doença de Crohn é em pessoas de 20 a 40 anos de idade, e a enfermidade se manifesta com sintomas diversos, mas principalmente relacionados ao sistema digestivo. Os sinais mais comuns são dor abdominal, diarreia (com ou sem sinais de muco e sangue), febre, perda de peso e enfraquecimento, por causa da dificuldade para absorver os nutrientes. Em casos mais graves, os pacientes podem apresentar obstrução intestinal, fissuras e fístulas (perfurações no intestino que podem drenar para a região perineal, para a vagina e para a bexiga).
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito a partir de exames de sangue e levantamento do histórico do paciente. Como a doença pode desenvolver sintomas que se assemelham aos de outras condições intestinais, é necessário localizar as áreas do trato digestivo afetadas, através de exames de imagem, como endoscopia digestiva e colonoscopia. Feito o diagnóstico, o tratamento varia de acordo com a fase da doença, que oscila entre momentos mais leves e mais graves. De forma geral, o tratamento é voltado para o controle dos sintomas, prevenir novas crises e corrigir deficiências nutricionais.
Para quem tem a Doença de Crohn, algumas dicas ajudam a manter a condição sob controle, como não fumar, praticar atividade física, evitar estresse e controlar a alimentação. Já que os alimentos podem ser causadores da doença, é importante tomar alguns cuidados. Deve-se evitar alimentos gordurosos ou condimentados, queijos amarelos, margarina, manteiga e verduras folhosas, por exemplo. Em vez disso, o paciente deve preferir uma dieta rica em fibras, frutas, vegetais e proteínas magras.