Doença de Alzheimer atinge quase 2 milhões de brasileiros com mais de 60 anos

Com causa ainda desconhecida, o Mal de Alzheimer é o tipo de demência mais comum do mundo e geralmente atinge pessoas idosas, mas há pacientes jovens que sofrem com a condição, em casos mais raros. É uma doença neurodegenerativa crônica que consiste em uma série de mudanças no cérebro, que causam danos aos neurônios, e se manifesta progressivamente ao longo do tempo, podendo evoluir para quadros mais graves, até mesmo à morte. 

Fatores e sintomas 

De acordo com um estudo feito pelo Ministério da Saúde em 2024, cerca de 8,5% da população brasileira com 60 anos ou mais convivem com o Alzheimer, representando um número aproximado de 1,8 milhão de casos. Os fatores responsáveis pela doença ainda não são totalmente compreendidos. No entanto, há alguns aspectos que são comuns entre os pacientes, como a idade – já que a probabilidade de desenvolvimento da doença aumenta com o envelhecimento –, o histórico familiar e o estilo de vida.

O sintoma mais conhecido é a perda de memória, mas outros efeitos também estão atreladas a esta condição: 

  • Mudanças no humor ou personalidade; 
  • Dificuldades na comunicação;
  • Desafios ao realizar tarefas diárias simples;
  • Tendência ao isolamento.

Estágios do Alzheimer

A doença evolui de forma gradativa e lenta, podendo ter a sobrevida média de 8 a 10 anos a partir do diagnóstico. Por isso, costuma ser dividida em quatro estágios:

  • Pré-demência: No estágio inicial, o Alzheimer pode não apresentar sintomas, mesmo que já tenha danificado células cerebrais. Geralmente, leves esquecimentos são o que acontece nessa fase, sendo confundido com os sintomas comuns do envelhecimento. 
  • Estágio leve: Aqui, a perda de memória recente vai aumentando aos poucos, causando lapsos de memória fazendo com que o paciente tenha problemas de concentração, dificuldades para encontrar palavras, tomar decisões e ficar confuso em relação ao tempo e ao espaço. 
  • Estágio intermediário: A capacidade para realizar tarefas mais comuns e coordenar movimentos fica comprometida, fazendo com que a pessoa idosa precise de atenção e cuidados durante todas as horas do dia. Nessa fase, podem acontecer crises de alucinações, repetição da mesma pergunta várias vezes e distúrbios graves do sono. 
  • Estágio avançado: A memória já se encontra totalmente afetada. O paciente se torna totalmente dependente de terceiros, podendo apresentar dificuldades até para engolir os alimentos, incontinência urinária e fecal, necessitando também de auxílio para caminhar.

Diagnóstico e tratamento 

O diagnóstico exige uma ampla e detalhada avaliação médica, que pode incluir histórico familiar, exame neurológico, testes cognitivos para avaliar a memória e o pensamento, exame de sangue e imagiologia cerebral. O tratamento não impede ou diminui o ritmo dos danos cerebrais causados pela doença, mas há medicamentos que trabalham no aumento de neurotransmissores do cérebro.

Outras estratégias e abordagens podem ajudar a melhorar a qualidade de vida do paciente. Uma delas é a terapia da fala, que ajuda a manter as habilidades de comunicação, além do apoio psicossocial, tanto para ajudar o paciente quanto os cuidadores, incluindo aconselhamento, grupos de apoio e educação sobre a doença.

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