Dia Mundial do Vitiligo chama atenção para mais informações sobre a doença

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o vitiligo atinge cerca de 1% da população mundial e 0,5% da brasileira. Apesar de não trazer prejuízos à saúde, a doença é caracterizada por manchas brancas na pele ocasionadas pela descoloração da região. Sem uma causa definida, a doença também não apresenta sintomas significativos, mas a falta de pigmentação em algumas partes do corpo merece atenção para cuidados com a pele. Além disso, quem vive com o vitiligo pode desenvolver questões de autoestima, devido à aparência das manchas e ao preconceito em relação à doença.
Para promover a conscientização sobre a doença, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Mundial do Vitiligo, celebrado em 25 de junho. Mesmo que haja mais conhecimentos sobre a doença hoje em dia, principalmente com a atenção que ela recebeu graças ao artista Michael Jackson, que era portador de vitiligo, ainda há muitos estigmas. Muitas pessoas ainda acreditam, por exemplo, que a doença é contagiosa, mas isso não é verdade. Assim, a falta de informações sobre a condição podem causar impactos na autoestima e nas relações sociais dos pacientes.
Causas
A SBD indica que cerca de 30% dos pacientes com vitiligo têm algum parente com a doença. Por isso, o fator genético é considerado para o aparecimento da doença, mas existem outras hipóteses. Outra teoria que pode explicar o surgimento do vitiligo é o ataque do sistema imunológico aos melanócitos, as células da pele responsáveis pela produção da melanina, pigmento que confere cor à pele, olhos e cabelo. Alterações e traumas emocionais também podem ter influência na falta de pigmentação.
Características e cuidados
Embora a maior parte dos pacientes com a doença não tenha sintomas, algumas pessoas podem sentir sensibilidade e dor no surgimento das manchas. A distribuição delas pode acontecer apenas em uma parte do corpo, principalmente quando o paciente ainda é jovem, caracterizando o vitiligo segmentar ou unilateral. O mais comum, por outro lado, é o aparecimento das manchas nos dois lados do corpo, sendo esse o vitiligo não segmentar ou bilateral. As manchas aparecem principalmente nos genitais, cotovelos, joelhos, rosto, mãos e pés.
Mesmo sem sintomas, a falta de pigmentação exige cuidados, já que a melanina protege a pele contra os raios solares. Por isso, portadores do vitiligo devem usar protetor solar com frequência e evitar a exposição ao sol quando possível, para impedir o aparecimento do câncer de pele. O cuidado com a saúde mental também é fundamental, visto que alterações emocionais, como estresse, podem tanto causar como agravar a doença, com o aumento das manchas. Além disso, o preconceito em relação ao vitiligo também traz impactos para a saúde mental.
Tratamento
Não existe cura para o vitiligo, mas as várias opções de tratamento disponíveis podem ajudar a controlar o avanço da doença ou mesmo diminuir as manchas e uniformizar o tom da pele. O tratamento depende de cada caso e deve ser indicado por um médico dermatologista, mas geralmente inclui medicamentos com corticoides, como cremes e pomadas ou mesmo comprimidos. A fototerapia também pode ser utilizada, em casos em que ainda há melanócitos nas áreas afetadas, para estimular uma maior produção de melanina.