Dia Mundial da Luta contra a AIDS reforça a importância da conscientização

Com o tema “Eliminar as barreiras, transformar a resposta à AIDS” neste ano, o Dia Mundial de Luta contra a AIDS, celebrado em 1º de dezembro, reforça a importancia da conscientização do impacto do HIV, para acabar com o estigma e a discriminação e melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com a doença.
A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), caracterizada pelo enfraquecimento do sistema imunológico, aumentando o risco do surgimento de outras doenças oportunistas. Ou seja, se não tratado corretamente, o HIV pode evoluir para a AIDS, que representa o estágio mais avançado da infecção.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, milhões de pessoas vivem atualmente com HIV no mundo. Apesar dos avanços científicos, o desafio em combater a Aids permanece significativo, sobretudo nas desigualdades de acesso à informação, aos testes e às terapias antirretrovirais. Além disso, o estigma ainda é um obstáculo importante. O preconceito afasta pessoas dos serviços de saúde e dificultam o diagnóstico precoce.
Transmissão e sintomas
O virus da AIDS é transmitido principalmente por relações sexuais (vaginais, anais ou orais) sem o uso do preservativo; compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas com sangue, o que é frequente entre usuários de drogas ilícitas; por transfusão de sangue, porém, é muito rara, uma vez que a testagem do banco de sangue é eficiente. Também existe a transmissão vertical, que é a transmissão do vírus da mãe para o filho na gestação, na amamentação e, principalmente, no momento do parto, o que pode ser prevenido com o tratamento adequado da gestante e do recém-nascido.
De acordo com o Glossário de Saúde do Einstein, inicialmente, cerca de 50% dos pacientes podem apresentar sintomas de infecção aguda. No entanto, todos passarão por um período assintomático em seguida que, em alguns casos, pode se estender por até 10 anos, período em que não há sintomas visíveis, mas o risco de transmissão é mais elevado.
Há casos em que os sintomas começam a aparecer entre duas e quatro semanas após a infecção, incluindo febre, dor de cabeça, cansaço extremo, dores musculares e articulares, garganta inflamada e surgimento de alterações na pele, como manchas vermelhas.
Diagnóstico
No diagnóstico, a detecção viral direta, por meio do PCR, pode ser positiva já entre 10 a 15 dias após o contato. Por sorologia (detecção de anticorpos), esse período se estende de 15 a 30 dias após o contato. É importante destacar que o profissional da saúde deve ser o responsável por avaliar e indicar o melhor momento para realizar cada teste.
Tratamento
Embora ainda não tenha uma cura definitiva para o HIV, existem terapias que impedem que ele se espalhe pelo organismo, o que auxilia no controle da infecção e permite que os pacientes convivam melhor com a doença. A terapia padrão para o tratamento da doença é a terapia antirretroviral (TARV), que envolve a combinação de diferentes medicamentos, com o principal objetivo de reduzir a quantidade de vírus presentes no corpo.
O tratamento deve ser acompanhado por um profissional da saúde, que pode realizar exames frequentes, monitorar se o tratamento está dando certo, ajustar a terapia antirretroviral e gerenciar possíveis efeitos colaterais, além de oferecer suporte emocional e social.
Prevenção
Além da educação e conscientização sobre a doença, existem medidas focadas em reduzir o risco de transmissão do vírus, como o uso de camisinha durante relações sexuais, nunca compartilhar seringas e agulhas, se houver necessidade de uso (tenha sempre certeza de que é a única vez que elas serão utilizadas) e a realização a testagem regular.
Outra forma de prevenir o HIV é a PrEP, a Profilaxia Pré-Exposição, que consiste na tomada de comprimidos antes da relação sexual, permitindo ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o vírus. Já a Profilaxia pós-exposição (PEP) é uma prevenção de urgência, utilizada logo após a vivência de uma situação com risco de transmissão do vírus, como pessoas vítimas de violência sexual, relação sexual sem o uso de camisinha ou com seu rompimento e acidentes ocupacionais (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico).