Dependência química causa danos tanto ao indivíduo afetado quanto ao seu ciclo social

A dependência de drogas, sejam lícitas ou ilícitas, é considerada uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, só em 2021, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou mais de 400 mil atendimentos a pessoas com transtornos mentais e comportamentais por conta do uso de drogas e álcool.
Alcoolismo
O alcoolismo é uma doença causada pelo uso constante e abusivo do álcool. Ele pode comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo, levando a consequências irreversíveis. O fígado, responsável pela destruição das substâncias tóxicas ingeridas ou produzidas pelo corpo no processo de digestão, costuma ser o órgão mais prejudicado. A alta quantidade de álcool no sangue causa uma sobrecarga no fígado, que não consegue metabolizá-lo corretamente.
As principais consequências físicas do alcoolismo são a gastrite, hepatite alcoólica, que pode evoluir para cirrose hepática, pancreatite, neuropatias periféricas, problemas cardiovasculares e câncer. O álcool também traz distúrbios mentais e comportamentais, afetando todos ao redor do indivíduo afetado. Isso se reflete em acidentes de trânsito, violência doméstica, ruptura de relacionamentos e problemas no trabalho.
Dependência de drogas Ilícitas
As drogas ilícitas são substâncias proibidas de serem produzidas e comercializadas. Elas são divididas em estimulantes, depressoras e perturbadoras. As estimulantes aumentam a atividade cerebral, enquanto as depressoras diminuem. As perturbadoras costumam modificar a atividade do cérebro, que passa a funcionar de forma anormal, causando alucinações. No Brasil, as drogas mais utilizadas são a maconha, cocaína, crack, anfetaminas, calmantes e sedativos. As consequências mais comuns do uso de drogas ilícitas incluem ansiedade, perda de peso, problemas cardíacos, tremores, hepatite, crises de convulsão ou psicose, infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
Tratamento
Para tratar a dependência é feito, inicialmente, um processo de desintoxicação, associado ao suporte terapêutico, visto que a abstinência pode provocar sintomas graves como irritabilidade, agressividade, confusão mental, apatia, delírios, ansiedade e depressão. Em alguns casos, a internação hospitalar é indicada, para que o processo de desintoxicação ocorra de forma segura e monitorada por profissionais. Medicamentos podem ser indicados para o controle dos sintomas de abstinência mais intensos.