Código Internacional de Doenças recebe atualizações constantes e tem diversas utilidades

O Código Internacional de Doenças (CID) é um código mundial de incidência e prevalência dos variados tipos de doenças, lesões e causas de morte. Criado ainda no final do século XIX, o CID passou por diversas mudanças e atualizações, até chegar na 11ª edição, que entrou em vigor em 2022. De forma geral, o código funciona como uma maneira de organizar diagnósticos para diversos fins, como científicos e estatísticos.
Atualizações
A primeira edição era conhecida como Lista Internacional de Causas de Morte, e foi elaborada, em 1893, pelo Instituto Internacional de Estatística. Com avanços na Medicina, o código foi sendo atualizado. Em 1948, passou a ser responsabilidade da Organização Mundial da Saúde (OMS), que publicou a 6ª versão (CID-6). Com o passar dos anos, várias reformulações aconteceram no código, até chegar na atual versão, o CID-11. Hoje, o Código conta com cerca de 55 mil códigos para várias condições de saúde.
Dentre as principais novidades da última versão está a organização de alguns diagnósticos, como Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT) e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Embora já estivessem presentes no CID-10, essas condições tinham definições muito fragmentadas, o que dificultava o diagnóstico. Outras mudanças envolvem uma modificação na classificação de condições como distúrbios de jogo e síndrome de burnout, além da retirada da transexualidade da lista.
Registros de doenças e atestados médicos
A principal utilização do Código é o registro e a codificação das mais variadas condições de saúde. Esses registros acabam sendo úteis, posteriormente, para fins estatísticos, o que permite a análise e o monitoramento de doenças e sua prevalência, contribuindo para relatórios epidemiológicos. O CID também serve para registrar doenças raras e agrupar diagnósticos, além de ajudar a definir diretrizes e configurações de cuidados primários, inclusive na saúde coletiva.
Um dos usos mais correntes, fora do meio científico e médico, é a inclusão do código das doenças em atestados médicos. Embora não seja obrigatório, é possível que os atestados incluam o número da condição de saúde do paciente, para auxiliar na compreensão das condições de saúde. Isso pode ser útil quando algum trabalhador precisa justificar sua ausência no trabalho ou solicitar uma licença médica. Além disso, alguns planos de saúde ou empresas de seguros podem exigir também podem exigir o código.