Carboidratos são nutrientes essenciais, mas têm impacto na glicemia

Os carboidratos são um dos principais grupos de macronutrientes essenciais para o bom funcionamento do corpo humano. Servindo como principal fonte de energia, esses nutrientes são encontrados com maior facilidade em alimentos de origem vegetal. A depender da organização da molécula, os carboidratos podem ser classificados de diferentes formas e têm efeitos diferentes no organismo, em especial na glicemia. Embora seu consumo seja fundamental, é preciso ter cuidado com as quantidades e os tipos de carboidratos consumidos, principalmente para portadores de doenças como diabetes.

Tipos de carboidrato

De maneira geral, os carboidratos são divididos em simples e complexos, de acordo com o tamanho das moléculas. Por terem estruturas menores, os carboidratos simples não demoram para serem digeridos e têm um índice glicêmico maior, ou seja, elevam o nível de açúcar no sangue mais rápido. Os complexos, por outro lado, levam mais tempo para serem quebrados pelas enzimas do corpo e, por isso, não elevam a glicemia com tanta rapidez. Quanto mais complexo carboidrato, menor o índice glicêmico.

Os carboidratos simples, como a glicose, sacarose, frutose e lactose, são encontrados em alimentos como açúcar, mel, frutas e leite. Já os carboidratos complexos, como o amido, estão presentes em grãos (arroz, trigo, milho, etc.), raízes e tubérculos (batata, batata-doce, macaxeira, inhame, etc.), e leguminosas (feijão, ervilha, soja, etc.). Por isso, a Prof.ª M.a. Camila Nunes, docente do curso de Nutrição do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão —, defende um maior consumo dos carboidratos complexos. “Esses alimentos promovem uma sensação de saciedade e favorecem o controle do peso, auxiliando também no controle da glicose e aumentando a qualidade de vida do indivíduo”, explica.

Fibras

Além dos simples e complexos, existe um outro tipo de carboidrato, que também é fundamental na dieta: as fibras. Essas moléculas são consideradas carboidratos bastante complexos, mas que não são digeridos pelo corpo, nem têm valor energético ou nutricional. Mesmo assim, as fibras são importantes para o controle da glicemia. No sistema digestório, em contato com a água, as fibras absorvem a glicose dos carboidratos, que passa a ser absorvida mais devagar pelo corpo, controlando o aumento da glicemia do sangue. 

Ao chegar no intestino, as fibras formam uma espécie de gel, que permanece por mais tempo no corpo. Assim, prolongam a sensação de saciedade, enquanto os carboidratos simples dão uma sensação de saciedade mais passageira. As fibras também controlam o nível de colesterol no sangue e contribuem para a saúde do intestino. O consumo das fibras, que são encontradas em frutas, grãos, sementes, cereais e leguminosas, deve ser acompanhado de uma boa hidratação. Isso porque, se houver pouco consumo de água, as fibras podem dificultar o trânsito intestinal.

Controle da glicemia

Camila afirma ainda que o consumo das fibras e carboidratos complexos é muito importante para o controle da glicemia e da diabetes, e que, por isso, esses alimentos devem ser priorizados na dieta. “Nem sempre a gente tem que mexer na quantidade dos carboidratos, mas sim na qualidade, afastando essa ideia de pães, massas, e priorizando esses carboidratos integrais e complexos”, detalha. A nutricionista acrescenta que essa mudança nos hábitos alimentares pode ser feita de maneira gradual, e aliada à prática de exercícios físicos.

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