Arritmia cardíaca pode se manifestar de maneira assintomática

Segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, a condição é responsável por 320 mil mortes súbitas por ano no país. Devido a variações na geração ou condução do estímulo elétrico no coração, a arritmia cardíaca acontece quando há alterações significativas no ritmo dos batimentos. Em casos normais, o coração precisa bater de 60 a 100 vezes por minuto, podendo oscilar para menos, quando o indivíduo está em repouso, ou para mais, ao fazer algum tipo de esforço físico.
Tipos de arritmia cardíaca
Os variados tipos de arritmia se diferenciam pela forma que a condição se manifesta. O tipo mais comum é a Fibrilação atrial (FA), que acontece quando os batimentos se tornam irregulares nas câmaras superiores do coração (átrios), prejudicando a circulação sanguínea. Já outros tipos podem acelerar os batimentos, ou diminuir a frequência para menos de 50 bpm (batimentos por minuto), graças a alterações no sistema de condução entre as cavidades do coração. Outras arritmias ocasionam batimentos acelerados ou descoordenados, devido a condições graves que afetam os ventrículos do coração.
Sintomas
A arritmia cardíaca pode chegar a ser uma doença silenciosa e apenas ser descoberta por meio de diagnóstico médico. No entanto, há alguns sintomas que ela pode apresentar em casos mais comuns, como palpitações, pressão baixa, falta de ar, tonturas, desmaios e náuseas, que podem ocorrer devido à redução do fluxo sanguíneo para o cérebro. Mesmo em casos assintomáticos, a arritmia pode estar presente, tornando fundamental a realização de exames médicos periódicos para um diagnóstico preciso e a prevenção de complicações.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da arritmia cardíaca passa por várias etapas. Para a identificação da doença, uma avaliação física e um eletrocardiograma são feitos, além de exames como Holter, estudo eletrofisiológico, teste de inclinação e exames de imagem. Alguns casos exigem uma investigação mais ampla, como o teste ergométrico, por exemplo.
Para o tratamento, é importante entender qual é a causa do problema para determinar a abordagem. Pode ser preciso o uso de medicamentos antiarrítmicos, para controlar o ritmo cardíaco, ou intervenção cirúrgica, em casos mais graves, que podem exigir a implantação de marcapasso ou o uso de um desfibrilador. Outras recomendações durante o processo de cuidados incluem evitar o consumo excessivo de álcool, cafeína e substâncias estimulantes, além de controlar o estresse.