Uso responsável de novas tecnologias na saúde pode trazer grandes avanços

Com o crescimento ao longo dos anos, a tecnologia se inseriu no mundo, que por sua vez se viu completamente dominado por essas inovações. Além do avanço no setor industrial, na educação e na comunicação, a área da saúde também encontrou caminhos para desenvolver suas técnicas na era tecnológica.
Através da inteligência artificial (IA), da telemedicina, Internet das Coisas Médicas (IoMT), realidade aumentada, impressão 3D e biotecnologia avançada, a saúde tem passado por profundas transformações que impulsionaram os estudos e pesquisas científicas. Esses novos recursos começaram a ser utilizados como ferramentas na evolução de procedimentos médicos, como prever riscos de doenças, acelerar a descoberta e o desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas e aprimorar o treinamento de profissionais.
Riscos
Apesar dos fatores colaborativos, as novas tecnologias também podem apresentar riscos e desafios que merecem atenção. O Prof. M.e. Flávio Secco, docente do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) da Unit-PE — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão — pontua os principais problemas envolvendo a utilização da IA. “Sistemas de IA, prontuários eletrônicos e dispositivos conectados lidam com informações sensíveis dos pacientes, vulneráveis a vazamentos e ciberataques”, explica.
Além disso, o professor, que também integra o grupo de pesquisa em Computação Biomédica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), expõe outras implicações referentes à autonomia médica e à responsabilidade por erros. A melhor forma de evitar esses riscos, segundo ele, é definir o papel desses sistemas como apoio, e não substituição, garantindo a transparência através de protocolos de cibersegurança.
Futuro promissor
Com o devido cuidado perante o uso das novas tecnologias na saúde e o entendimento de quais são suas capacidades e limitações em comparação com a atividade humana, essas ferramentas podem representar um grande avanço social nos próximos anos.
Através da IA, será possível acelerar a descoberta de novas doenças, o desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas, prevenindo problemas e aumentando a qualidade de vida da população. Com isso, a Medicina se torna mais eficiente conectando a rapidez e a inteligência. Mas, “para que tudo isso traga benefícios reais, será essencial manter o olhar humano com ética, empatia e responsabilidade no cuidado com a vida”, finaliza Flávio Secco.
 
             
               