Tabagismo pode causar problemas que vão além dos respiratórios

O Dia Mundial do Pulmão é celebrado anualmente no dia 25 de setembro com o objetivo de chamar a atenção para a importância da saúde respiratória e mobilizações de combate a doenças pulmonares. Dentre os fatores que desencadeiam problemas no pulmão, o tabagismo se destaca.

Dados do Ministério da Saúde indicam um aumento de 25% no número de adultos fumantes no Brasil entre 2023 e 2024, com um percentual atual de 9,3%. O hábito tem se tornado cada vez mais comum entre jovens, devido ao aumento do consumo de cigarros eletrônicos, ou dispositivos eletrônicos para fumar (DEF).

Riscos do tabagismo 

O Prof. Dr. André Batista, médico pneumologista e docente do curso de Medicina da Faculdade Tiradentes (Fits) — localizada em Goiana —, conta sobre os riscos do hábito de fumar. “O pulmão é como se fosse uma esponja que só absorve ar. Conforme a pessoa fuma e se expõe a poluição, é como se estivesse colocando graxas ou pó de carvão dentro dessa esponja com o tempo”, compara o professor. 

Assim, o tabagismo tem um importante papel no surgimento de doenças e complicações no sistema respiratório do usuário, conforme André explica, o que aumenta a probabilidade de problemas no pulmão, principalmente o câncer. “Para cada cinco casos de câncer de pulmão, pelo menos quatro pacientes têm o tabagismo como fator que foi importante para desenvolver o câncer”, destaca o médico, que pontua também os riscos de infarto e acidente vascular cerebral (AVC) através do consumo de cigarros. 

Além das complicações diretas que afetam os fumantes, como bronquite crônica, enfisema pulmonar, impotência sexual e infertilidade, os chamados fumantes passivos, ou seja, as pessoas expostas à fumaça do cigarro, também são alvo do desenvolvimento de doenças cardiovasculares e pulmonares. Em bebês, por exemplo, a exposição à fumaça pode levar à morte súbita. Já em crianças, pode desencadear rinite, asma e outras infecções. 

Cuidados 

Para cuidar do tabagismo, é fundamental a busca por um profissional especializado, para que ele oriente o paciente a seguir no seu processo de desintoxicação. O apoio emocional  de amigos e família também exerce um papel importante no objetivo, além da redução gradativa do consumo, quando é mais difícil para totalmente.

“Não basta só parar de fumar. O pulmão não é um órgão sozinho, ele trabalha junto com outro órgão. Então, a prática de atividade física também é muito importante para a saúde pulmonar”, diz André, que destaca o processo de abandono do tabagismo como uma iniciativa que também precisa vir do paciente. “O que se recomenda é a conscientização, e esse processo de parar de fumar depende do paciente”, finaliza.

FITS - Faculdade Tiradentes de Goiana

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