Diagnóstico precoce do câncer de mama é foco do Outubro Rosa

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estão previstos para este ano mais de 73 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. A doença, além de ser um dos tipos de câncer mais comuns, é o que mais mata mulheres no país. O Painel Oncologia Brasil, do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), revela que mais de 20 mil pacientes morreram vítimas da doença em 2023. Por isso, a campanha do Outubro Rosa tem uma função fundamental na conscientização sobre o câncer de mama, aumentando as chances de tratamento e cura.

Sinais do câncer

Apesar do câncer de mama ser silencioso na maioria das vezes, o Prof. Dr. Alírio Virgolino, médico ginecologista e docente da Faculdade Tiradentes (Fits) — localizada em Goiana —, aponta alguns sinais que merecem atenção. “Nódulo ou caroço endurecido na mama ou na axila, alterações na pele da mama, como vermelhidão, retração ou aspecto de casca de laranja, mudanças no formato ou tamanho da mama, secreção anormal pelo mamilo, especialmente com sangue, inversão ou alteração recente do mamilo”, destaca. Ele também ressalta que “nem todo nódulo é câncer, mas todo nódulo deve ser avaliado por um médico”.

Ainda segundo o professor, identificar a doença nos estágios iniciais é crucial, pois aumenta as chances de preservar a saúde e a qualidade de vida da mulher. “O diagnóstico precoce é fundamental, porque a possibilidade de cura do câncer de mama pode ultrapassar 90%, quando detectado em fases iniciais. Além disso, o tratamento costuma ser menos agressivo, com cirurgias mais conservadoras e menor necessidade de quimioterapia”, detalha.

Autoexame

Para isso, existem dois procedimentos principais: o autoexame e a mamografia. A Profª Dra. Cinthia Régis, docente do curso de Enfermagem do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão —, explica que o autoexame deve ser feito uma vez por mês. “O autoexame ajuda a mulher a conhecer o próprio corpo e perceber alterações precocemente como nódulos, secreções, retrações na pele ou alterações no mamilo”, diz. Cinthia também é orientadora da Liga Acadêmica de Saúde da Mulher e Obstetrícia (LAESMO) da Unit-PE.

A enfermeira também explica como realizar o autoexame. “Em frente ao espelho, observar as mamas com os braços abaixados e depois elevados, verificando alterações na pele e no mamilo. Apalpar as mamas em pé (no banho, com a pele molhada facilita) e deitada, fazendo movimentos circulares em toda a mama e região axilar. Apertar levemente os mamilos para verificar secreções”, detalha. O autoexame deve ser feito preferencialmente de sete a dez dias depois do início da menstruação. Mulheres na menopausa devem escolher um dia fixo no mês.

Mamografia

Já a mamografia deve estar na rotina das mulheres, mesmo as mais jovens. A pesquisa do CBR mostra que uma em cada três mulheres diagnosticadas com o câncer de mama tem menos de 50 anos. “Segundo a nova recomendação do Ministério da Saúde, mulheres de 40 a 74 anos devem realizar mamografia a cada dois anos, mesmo sem sintomas e sem fatores de risco adicionais. Já as mulheres com alto risco, como histórico familiar importante ou mutações genéticas, podem precisar iniciar mais cedo e fazer o exame em intervalos menores, sempre sob orientação médica”, alerta Alírio.

Exame gratuito

Para ajudar mulheres nessa prevenção, a Unit-PE recebeu um mamógrafo móvel da Prefeitura do Recife para oferecer, gratuitamente, exame de mamografia ao público feminino. A ação aconteceu no dia 6 deste mês e contou ainda com orientação ao público sobre a importância do autoexame, como realizá-lo e outros cuidados em relação à saúde. Participaram alunos e professores dos cursos de Odontologia, Fisioterapia, Enfermagem, Nutrição e Psicologia.

FITS - Faculdade Tiradentes de Goiana

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