Uso excessivo de telas prejudica a saúde dos olhos, da mente, e a qualidade do sono

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que existem mais de 285 milhões de pessoas com incapacidade visual em todo o mundo. Uma atenção especial deve ser dada aos prejuízos trazidos à visão pelo uso contínuo das telas. Uma dessas condições é a Síndrome Visual Relacionada a Computadores (SVRC), causada pela exposição prolongada a telas de eletrônicos. 

Especialistas estimam que até 90% dos usuários de computador por mais de três horas diárias apresentam algum tipo de sintoma relacionado à SVRC. Dentre os principais sintomas da síndrome, estão o cansaço, sensação de corpo estranho, ardência, dor, irritação, vermelhidão, ressecamento e turvação visual. Alguns hábitos como a diminuição do piscar, associada a outras condições como presença de ar-condicionado, ventiladores, pouca ingestão de líquidos, uso de medicamentos (diuréticos, betabloqueadores) e o fumo, podem contribuir para agravar a SVRC. 

Impactos na saúde mental 

Além da visão, a saúde mental também é afetada pelo uso contínuo de telas. O vício em redes sociais, por exemplo, causa bastante sofrimento ao indivíduo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os vícios são condições de saúde que surgem do consumo frequente de substâncias psicoativas ou de hábitos repetitivos, e que prejudicam a qualidade de vida do indivíduo e daqueles à sua volta.

O vício em redes sociais acontece por conta do bombardeamento de informações ao qual os usuários estão sujeitos. Isso porque essas plataformas alteram a química do cérebro e prendem a atenção, com conteúdos que geram prazer e bem-estar momentâneos o tempo inteiro. Como consequência, as sensações boas causadas pelos conteúdos das redes sociais passam a tomar uma grande parte da vida dos usuários, dificultando a qualidade de vida.

O sono também é afetado

Outro ponto que merece atenção é o impacto do uso de telas na qualidade do sono. De acordo com a Fiocruz, 72% dos brasileiros apresentam distúrbios do sono, incluindo a insônia. Diversos fatores podem contribuir para isso, como questões ambientais, hormonais ou até mesmo de rotina. Noites mal dormidas são altamente prejudiciais para a saúde, pois é durante o sono que acontecem ações importantes. Dentre elas, estão a regulação de hormônios, o processamento de memórias e do aprendizado, e o descanso profundo, essencial para recuperação celular e de energia e para diversas funções cognitivas.

Segundo um estudo da Universidade de Harvard, o hormônio da melatonina é produzido pelo corpo em ambientes escuros e é responsável por causar a sonolência. Ao utilizar algum aparelho eletrônico à noite, o corpo se engana com a luz e, assim, o usuário passa mais tempo acordado. 

Cuidados com as telas e a visão 

Para prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida, algumas medidas simples, mas eficazes, devem ser adotadas. Especialistas recomendam alguns hábitos, como fazer pausas de 5 a 10 minutos por hora, preferencialmente olhando para o horizonte, longe das telas.

Além disso, evitar o uso das telas por pelo menos 2 horas antes do sono é crucial para estimular a produção do hormônio do sono. É importante dormir em um quarto escuro, silencioso e calmo, preferencialmente na mesma hora, todos os dias. Existem dispositivos eletrônicos que possuem um recurso denominado “Nightshift”, um filtro que impede a emissão da luz azul de forma nativa e auxilia na diminuição da atividade cerebral. 

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